quarta-feira, 27 de agosto de 2008

AO TODO, NOVE CONTRATAÇÕES - Daniel Gil

O Flamengo encerra sua lista de contratações que tentam repor a qualidade perdida. São nove os jogadores:

Vandinho
Posição: atacante
Clube anterior: Avaí

Eltinho
Posição: lateral-esquerdo
Clube anterior: Cruzeiro

Marcelinho Paraíba
Posição: Meia/atacante
Clube anterior: Wolfsburg

Rubens Sambueza
Posição: meia
Clube anterior: River Plate

Fernando
Posição: meia
Clube anterior: Mixto-MT

Fernandão
Posição: atacante
Clube anterior: Maccabi Haifa

Everton
Posição: meia
Clube anterior: Paraná

Josiel
Posição: atacante
Clube anterior: Al-Wahda-EAU

Gonzalo Fierro
Posição: Meia/atacante
Clube anterior: Colo Colo

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ESSE FILME EU JÁ VI... - Ricardo Pereira

“Esse filme já não faz sentido (...) não suporto mais seu fim...”. Assim como na canção da banda pernambucana Volver, ontem o Botafogo fez seus torcedores amargarem um filme que vem se repetindo com uma constância preocupante nas últimas temporadas, sempre sem final feliz para os alvinegros. O time vinha jogando bem, pressionando o Vasco da Gama, fez o primeiro gol e se sentiu ‘tão perto, tão certo’ da vitória que ‘amoleceu’ o jogo, insistindo em toques para o lado, esperando o tempo passar ao invés de continuar a pressão para sacramentar o resultado. E com os três pontos o time estava subindo uma posição e chegando à vice-liderança, pois os resultados da rodada ajudavam. Teve chances reais de ‘matar’ o jogo – menos que nos últimos jogos é verdade, mas ainda assim boas possibilidades – e não as concretizou. Em uma delas, aos 42 minutos do segundo tempo, Triguinho cruzou e Lucas Silva livre na área cabeceou para fora, um minuto depois a punição... Lúcio Flávio perde uma bola boba no meio campo, Alex Teixeira passa para Madson que corre para lateral do campo, recebe a falta – desnecessária – de Triguinho, e na cobrança para a área, aos 44 minutos, gol do Vasco... O time ainda teve três possibilidades de conseguir a vitória nos acréscimos, com Lúcio Flávio, Carlos Alberto e Diguinho, mas ficou no 1x1 mesmo. E lá se foram dois pontos importantíssimos e a queda para o quarto lugar na tabela de classificação...

A se destacar na partida a disposição de Carlos Alberto, a tremenda falta que Jorge Henrique faz ao time botafoguense e a volta aos gols de Wellington Paulista. Importante destacar a melhora que o time do Vasco vem apresentando, veio com uma proposta defensiva, encaixou alguns contra-ataques e soube conter o ímpeto alvinegro, certamente não é o time que a torcida cruzmaltina espera, mas já apresenta melhoras consideráveis. O Botafogo centralizou demais o jogo no primeiro tempo, voltou com uma postura ofensiva e uma disposição em resolver o jogo muito boas no segundo tempo, mas recuou após o gol, deixando o gramado com um empate com sabor de derrota e o seu torcedor a assistir baixarem os créditos de mais um filme melancólico para o time da estrela solitária.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

APLICAÇÃO E PACIÊNCIA - Ricardo Pereira

Duas vitórias pelo placar mínimo. O suficiente para levar o Botafogo à terceira colocação do Campeonato Brasileiro. Se lembrarmos que quando o técnico Ney Franco assumiu, a equipe estava em décimo quinto e o discurso era mais de fuga da zona de rebaixamento do que de classificação para a Libertadores, é ainda mais notável a reação alvinegra!

O que mais me impressionou nas duas últimas partidas, contra Sport fora e Cruzeiro no Engenhão, foi a postura do time. Sempre buscando a vitória com uma aplicação tática impressionante e acima de tudo com paciência, justamente o que mais faltava nas boas equipes montadas por Cuca em sua passagem no Botafogo. O maior exemplo está no confronto contra o Cruzeiro pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro 2007, no Mineirão. Naquela ocasião, a equipe carioca saiu derrotada por 3x2 e chegou a estar perdendo por três gols de diferença, em uma partida em que dominou a maior parte do tempo, se lançando ao ataque de maneira quase suicida! O que se viu na última quarta foi um time bem armado, consciente, sempre buscando o jogo, mas com inteligência e paciência, o que acabou sendo fundamental para mais uma vitória na competição nacional. Vitória importante sobre o vice-líder, que mesmo desfalcado mostrou-se uma equipe aguerrida e bem armada para tentar ao menos um empate fora de casa.

O Botafogo tem um bom time, o técnico acertou a defesa, mas estranho o discurso de otimismo exagerado de alguns torcedores, que chegam a falar em título. Impossível? Não, principalmente pelo equilíbrio deste campeonato. Mas devemos ter calma, o time ainda apresenta algumas deficiências, a começar pela falta de um homem-gol. Wellington Paulista, que começou o ano com uma média espetacular de gols, vem decepcionando e as alternativas no banco não são nada animadoras. A conferir o argentino Zarate, espero que não seja mais um Escalada...

É tentar manter o padrão de jogo, mostrando a mesma pegada e dedicação, pensando inicialmente em uma vaga na Libertadores. É até bom que o favoritismo esteja concentrado em outras equipes, mais tranqüilidade para trabalhar.

Domingo teremos o primeiro clássico carioca do 2º turno, Botafogo x Vasco, no Maracanã. Jogo complicado, contra uma equipe motivada, em ascensão e estaremos desfalcados de Jorge Henrique, um dos principais responsáveis pelas últimas vitórias. É torcer para que o Gil mostre a que veio e que consigamos mais um bom resultado!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

DESTAQUE PARA A VOLTA DE KLÉBERSON - Daniel Gil

Quando vi a escalação para o jogo contra o Grêmio, sabia que estava pra vir um Flamengo um pouco mais forte, com Aírton e Kléberson no meio-campo.

Aírton já merecia ser titular faz algum tempo, embora haja a suspensão de Cristian. Tem boa técnica, visível num setor do campo onde o Rubro-negro sofre dificuldades, ali onde acontece o "primeiro passe".

E a minha espera pra ver Kléberson se recuperar das contusões não foi em vão.

Em meu último post, fiz menção aos problemas do jogador como um dos motivos que fizeram o Flamengo cair bastante de rendimento. É um grande nome, marca bem, ataca de forma objetiva e com criatividade. A maior parte dos comentaristas, entretanto, atentou-se quase exclusivamente para a saída dos jogadores negociados.

Kléberson foi um dos responsáveis diretos pela conquista do pentacampeonato com a Seleção Brasileira. Lembremos a "mão-na-roda" que foi a contusão de Emerson no preâmbulo da Copa do Mundo, que deu essa oportunidade ao jogador, que ligava o setor defensivo a Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Nesta vitória do Flamengo por 2 a 1, ficou mais uma vez evidenciada a qualidade que injeta ao meio-campo de qualquer time.

Só pra constar: parece que entra na cabeça de poucos o fato de Jônatas não ser um apoiador. Jônatas surgiu como um cabeça-de-área habilidoso, que por isso mesmo passou a jogar de segundo volante, e que por isso mesmo inventaram que ele deveria ser apoiador. Sempre isso, que mania! Estão queimando o cara.

Em suma, foi um jogo de resultado importantíssimo se o Flamengo ainda tem pretensões de vencer o campeonato. Jogo contra o líder, valia na prática seis pontos. E traz esperança de um reerguimento do time, que contará ainda com reforços.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O FLAMENGO PIOROU - Daniel Gil

Flamengo e Santos, neste domingo, fizeram um jogo de muita desordem tática de ambas as equipes, a despeito da vontade individual de todos aqueles que estavam ali jogando. O empate (2X2) foi um resultado adequado.

O Flamengo, em fase obscura, piorou. Vou tentar discorrer sobre o assunto e, para tanto, preciso voltar um pouco no tempo.

Quando Joel Santana assumiu o time em meados do ano passado, resultando naquela arrancada improvável no Brasileirão de 2007, começou por treinar um consistente sistema defensivo, como bem sabemos que é o seu estilo. Joel aplicou sua inseparável teoria, ao mesmo tempo banal e de uma certa razão: o jogador brasileiro conheceria, por natureza, o jogo de frente, uma habilidade ofensiva quase tão exclusiva quanto as jabuticabas - o que levaria à dedução de que o trabalho tático prioritário é o de marcação e defesa. Parreira e Felipão já ganharam Copas do Mundo pensando assim.

A chegada de Fábio Luciano ajudou a arrematar o êxito prático de tal raciocínio.

Logo depois que Caio Júnior assumiu o posto, o Flamengo decolou. Aquela defesa consistente foi enriquecida por uma postura ousada do novo técnico, que foi gradualmente aperfeiçoando os padrões de ataque. A contribuição de Marcinho, então, era fundamental. Em paradoxo, o jogador trazia uma desconfiança inexplicável de muitos torcedores, mesmo fazendo gols e provocando uma eletricidade sem igual nos outros companheiros de chegada. Muitos jogadores, nesse levante, alcançaram quase o topo daquilo que poderiam render em campo.

A perda de Marcinho, Souza e Renato Augusto, negociados, assim como as duas contusões seguidas de Kléberson foram um golpe digno de "Knock Out" nessa evolução.

Não bastasse o que isso resultou, considerando a perda de pontos preciosos durante a tentativa (ainda frustrada) de reorganizar o setor de frente, vimos no jogo deste domingo uma prova cabal de que Caio Júnior já não conta mesmo com aquela solidez defensiva herdada dos tempos de Joel.

Pois bem, comecemos do zero. O jovem técnico agora tem a responsabilidade de mostrar ao que veio. Há de montar um time novo, que pouco tem a ver com "aquele outro". Mas, pra isso, deve pensar num novo modelo tático, com características autênticas; saber o que se quer e quem vai fazer o quê. Ao contrário, este Flamengo e Santos foi o show de horrores do experimentalismo tático infundado. De ambos os lados, para a sorte do Rubro-negro.

O Flamengo piorou. Agora já está inseguro na defesa. O consolo vem daquela frase popular: do chão não passa.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

APATIA EM PRETO E BRANCO - Ricardo Pereira

Inexplicável a indiferença com que a Copa Sul-Americana é tratada pelos clubes brasileiros. Há anos ouvimos a ladainha de que nossos clubes passam por dificuldades financeiras e que é necessário um modelo mais profissional de gestão. Então como explicar a indiferença com que é tratada uma competição que paga 75 mil dólares por jogo aos participantes além de um pagamento de 1 milhão de dólares ao campeão? E o irônico é que ao final do Campeonato Brasileiro nossos times, ao não conseguirem uma vaga para a Libertadores da América, comemoram como um grande feito o acesso a esta mesma Sul-Americana que irão desdenhar no ano seguinte...

Na primeira rodada da edição 2009 apenas Atlético Mineiro, Atlético Paranaense e Internacional escalaram seus times titulares. Botafogo, São Paulo e Palmeiras escalaram times mistos, e Grêmio e Vasco entraram em campo praticamente com seus reservas. Talvez quando um time brasileiro conquistar a taça, a competição passe a ser valorizada devido à rivalidade...

No campo que me concerne, fiquei impressionado com a apatia do Botafogo na partida de ida contra o Atlético Mineiro. Desde o começo do jogo o time não lembrava nem de longe a equipe que vem brilhando em seus últimos jogos no Brasileirão, lenta, dispersiva, parecia estar disputando um amistoso. Já o Atlético entrou mais ligado e foi premiado com um gol aos dezesseis minutos, Petkovic fez um ótimo lançamento para Jael que tocou para Marques marcar. Apesar do gol sofrido, a equipe carioca continuou em marcha lenta e só assustou o goleiro atleticano em uma cobrança de falta de Zé Carlos no travessão. Mas acabou conseguindo o empate com um lindo gol de falta de Carlos Alberto aos quarenta e seis minutos da primeira etapa.

Quem esperava outra postura do time no segundo tempo se decepcionou ao encontrar o mesmo desinteresse e apatia na etapa complementar. Erros de passe e jogadas burocráticas repetiam-se à exaustão e já estava me preparando para comentar um insosso empate quando a entrada de Lucas Silva no lugar do inoperante Fábio mudou o panorama do jogo. Além de boas jogadas e um quase gol, foi dele o passe para o gol da virada, de Eduardo, aos trinta e oito minutos.

Ainda houve tempo para mais um belo gol de Carlos Alberto no último minuto da partida, que decretou o placar de 3x1 e a permanência de uma grande seqüência de bons resultados contra a equipe mineira. Mas é importante que o Botafogo entre mais ligado e com mais vontade no jogo de volta se deseja prosseguir na competição. E fica daqui a torcida para que os bons resultados dos cariocas em suas estréias sejam um prenúncio do primeiro título brasileiro na competição sul-americana!

QUEM SÃO OS RESERVAS? - Daniel Gil

Sinto-me tentado a fazer um rápido comentário sobre o bom (e curioso) desempenho do Vasco na partida contra o Palmeiras pela Sul-Americana.

Os reservas do time de São Januário apresentaram um futebol que, se não foi um exemplo técnico, ao menos mostrou-se bem cadenciado e objetivo. Nem de longe pareceu com a equipe que sofre com a zona de rebaixamento no Brasileirão.

E foi contra um bom time - o Palmeiras, que está na terceira posição do Brasileiro, entrou com a maioria de seus titulares, sob o comando de Vanderley Luxembrugo.

Fica aquela conclusão óbvia mas indipensável: quando os reservas jogam melhor do que os titulares, sempre se deduz que há algo de muito errado.

TCHAU, RENATO - Marcos Pasche

Após a derrota para o Ipatinga no último domingo (10/08), a diretoria do Fluminense demitiu o técnico Renato Gaúcho, que já estava há longos meses no comando da equipe. Na verdade, a saída de Renato, oficializada na segunda-feira seguinte ao jogo, já era uma coisa desejada por muitos torcedores e diretores do clube desde a inacreditável perda da final da Taça Libertadores da América para o time da LDU, desejo este plenamente justificável.

Renato é um sujeito fanfarrão, dado a proclamar frases aparentemente engraçadas ou alfinetantes que fazem a festa dos jornalistas medíocres, sequiosos por propagações (ou a criações) de polêmicas. Durante toda a competição, que é sabidamente das mais disputadas do mundo, ele chamou a atenção por insinuar, em vários momentos, que o título já estava garantido.

Só que, na prática, o time se mostrou burocrático e tolo como o seu comandante, pois em vários jogos entrou em campo para perder, e, se não alcançou tal feito, foi por pura sorte, como no caso dos dois jogos contra o Boca Juniors, sendo ainda mais escandaloso o que aconteceu no Maracanã.

Já no segundo jogo da final, a equipe teve garra para tornar o placar equivalente, e justamente quando poderia abrir larga vantagem (o adversário já havia entregado os pontos), parou inexplicavelmente, dando a entender que se contentava com o placar igualado, talvez imaginando que a vitória aconteceria naturalmente. Mas aconteceu o que todos viram...

Naquela ocasião, viu-se um time com a cara do Renato, ou seja, aquele que parece entrar em campo já se sentindo inferior ao adversário e por isso crendo que tudo vai muito bem se o placar não aponta desvantagem. Basta lembrar a campanha do Flu no Brasileiro de 2002, em que o time, sob o comando do "Pop star futebolístico", tanto jogou para segurar resultado que acabou eliminado pelo mediano time do Corinthians.

Tomara que Renato aprenda a lição, pois foi grande jogador e, por todas as brilhantes conquistas que teve ao longo de tantos anos, já devia saber que quem ganha de um, deve continuar jogando para ganhar de dois, pois caso contrário pode perder de três, aliás, número de cobranças convertidas pela LDU em pleno Maracanã. Te cuida, Gaúcho.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

IPATINGA VIRA PARA CIMA DO FLU - Site do Globo Esporte

O Ipatinga conseguiu uma importante vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Fluminense na noite deste domingo, no Ipatingão, em jogo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com os três pontos conquistados, o time mineiro se juntou ao Tricolor, com 16, mas segue na última colocação devido ao pior saldo de gols. Na próxima rodada, o Ipatinga vai a Curitiba enfrentar o Atlético-PR, e o Fluminense recebe o Atlético-MG no Maracanã, numa partida que pode ser decisiva para a permanência de Renato Gaúcho. Caso o Tricolor não vença o Galo, o treinador pode ser demitido pela diretoria.

VITÓRIA GOLEIA O VASCO E ESTÁ A UMA POSIÇÃO DO G-4 - Site do Globo Esporte

Na estréia de Tita no comando do Vasco, o Vitória não tomou conhecimento da equipe carioca e goleou por 5 a 0, no Barradão, em partida válida pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Dinei, Ramon, Leandro Domingues, Jackson e Adriano marcaram os gols do triunfo. Do lado carioca, em nove jogos, o time só conquistou um resultado positivo e já figura na zona de rebaixamento da competição.
Com o resultado, o Vitória chegou aos 32 pontos e ocupa a quinta posição na tabela. O Vasco permaneceu com 19 e está em 17º lugar. Na próxima rodada, a primeira do returno, os baianos vão encarar o Cruzeiro, no Mineirão, no sábado. Os cariocas pegam o Internacional, no domingo, em São Januário.

CABEÇADA PÕE FIM AO LONGO JEJUM DO FLA: 1 a 0 NO ATLÉTICO-PR - Site do Globo Esporte

Muitas vezes vilão da torcida do Flamengo, Jaílton experimentou o outro lado da moeda na noite deste sábado. O volante foi o herói da suada vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, no Maracanã, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time carioca venceu depois de sete jogos de jejum – cinco derrotas e dois empates – e chegou aos 31 pontos ao fim do primeiro turno. A equipe termina o dia na quinta posição, mas pode ser ultrapassada por Vitória, Coritiba e Botafogo na rodada de domingo. É bom lembrar que no treino de sexta-feira, um padre foi à Gávea para benzer o time. Deu certo.
Apesar do triunfo, as rusgas entre alguns jogadores e a torcida ficaram evidentes. Ibson foi bastante vaiado e não perdoou:
- Quando a gente mais precisa da torcida, eles em vez de nos apoiar, nos criticam. É brincadeira.
O Flamengo volta a campo no próximo domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro, na primeira rodada do returno, ou 20ª. O Atlético-PR, que teve atuação muito ruim, segue estacionado nos 20 pontos e pode terminar o primeiro turno na zona de rebaixamento. Por enquanto, está em 14º lugar. Na próxima rodada, o adversário será o Ipatinga, na Arena da Baixada.

AFIRMAÇÃO ALVINEGRA - Ricardo Pereira

Uma vitória importante por vários motivos. Primeiro, há algum tempo o Botafogo não vencia o Palmeiras; um tabu a menos. Depois por devolver a confiança ao torcedor que compareceu em bom número ao Engenhão e sairia frustrado com qualquer outro resultado que não a vitória. E por último, e mais importante, para confirmar a incrível reação da equipe desde a chegada de Ney Franco.
O magro placar de 1x0 não reflete a verdade do jogo, não fosse o problema crônico de finalização da equipe carioca e a vitória seria obtida com mais tranqüilidade. O Botafogo deve ser hoje, um dos times que mais cria oportunidades de gol no campeonato, mas não as aproveita devido à falta de pontaria de seus jogadores. Ainda no primeiro tempo Gil, aos quatorze minutos, ao tentar driblar o goleiro Marcos e perder a bola, e Lúcio Flávio, aos dezesseis, em uma cabeçada no meio do gol quando poderia ter escolhido o canto, poderiam ter aberto o placar. O Palmeiras teve apenas uma grande chance aos trinta minutos, quando em um erro de saída de bola de André Luis, a bola sobrou limpa na frente do gol para Alex Mineiro conferir, mas Thiaguinho (cada vez melhor, apesar da afobação em alguns lances) salvou com um desarme sensacional.
No segundo tempo o Palmeiras tentou ser mais ofensivo, mas teve suas tentativas frustradas devido às boas defesas de Castillo e ao cada vez mais eficiente sistema de marcação alvinegro. O Botafogo apesar da queda de ritmo ainda perdeu boas chances com Diguinho e Zé Carlos antes de conseguir o gol da vitória aos trinta e três minutos quando Jorge Henrique em uma jogada de linha de fundo, disputou no corpo e ganhou do zagueiro Jéce e cruzou, com a bola quase saindo, para a cabeçada certeira de Zé Carlos, que substituíra Leandro Guerreiro contundido e não vinha fazendo uma boa partida, mas acabou saindo de campo como herói da partida.
Vitória justa do alvinegro em um bom jogo, apesar de violento em alguns momentos, em que se destacaram Jorge Henrique (o melhor da partida), Castillo e Diguinho pelo Botafogo e Valdivia, Leandro e Marcos pelo Palmeiras.
Após começar o campeonato oscilando entre o meio e parte de baixo da tabela e o péssimo período em que Geninho treinou a equipe, não esperava que o Botafogo terminasse o primeiro turno da competição tão bem, a apenas dois pontos da zona de classificação para a Libertadores e apresentando um futebol ao mesmo tempo bonito e eficiente. Reconheço os problemas do time e confesso-me reticente devido às decepções recentes, mas em um campeonato cuja liderança é ocupada por uma equipe treinada por Celso Roth, dá pra começar a acreditar em metas mais ambiciosas se o time da Estrela Solitária conseguir manter o atual padrão de jogo.